13 resultados para Língua portuguesa Estudo e ensino

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Sabe-se que a fala a principal maneira de comunicao entre as pessoas. A Sntese de fala (gerao automtica da fala pelo computador) tem recebido ateno da comunidade acadmica e profissional por vrias dcadas. Ela envolve a converso de um texto de entrada em fala, usando algoritmos e algumas formas de fala codificada. O texto pode ser digitado pelo teclado ou obtido por reconhecimento de caracteres ou, ainda, obtido de um banco de dados. A sntese de fala pode ser usada em vrios domnios de aplicao, tais como: auxlio para deficientes visuais, telecomunicaes, multimdia, etc. Este trabalho apresenta um estudo sobre a produo da fala e da rea de sntese de fala visando servir de subsdio para dissertaes e pesquisas futuras, bem como para o Projeto Spoltech, um projeto de cooperao entre os Estados Unidos e o Brasil para o avano da tecnologia da língua falada no Brasil (Portugus Brasileiro). Dentro deste estudo sero apresentadas as principais tcnicas de sntese de fala, entre as quais destaca-se: Texto para Fala (TPF). Problemas de separao de slabas, determinao da slaba tnica, pronunciao das vogais e e o como um fonema aberto ou fechado, etc, so enfrentados dentro do contexto da rea de sntese de fala para o portugus falado no Brasil. Tendo conhecimento destes problemas, o principal objetivo deste trabalho ser criar regras para resolver o problema de pronunciao das vogais e e o de forma automtica, visando obter produo sonora mais inteligvel, por intermdio da implementao de um analisador estatstico, o qual verificar a letra anterior e posterior ao e ou o de uma palavra e, com isso, determinar a pronncia dos mesmos para aquela seqncia de letras. As mesmas podero tornar-se regras vlidas para a soluo do problema se atingirem 80% dos casos de ocorrncia no dicionrio com fonema e ou o aberto (limiar), sendo que elas sero lidas por um interpretador Scheme utilizado pelo programa Festival - ferramenta para a construo de sistemas de sntese de fala desenvolvida pelo Centre for Speech Technology Research (University of Edinburgh, Reino Unido), a qual utiliza TPF como mtodo de sntese. Sabendo-se que o Festival gera os fonemas e e o como fechados se no h uma regra para inferir o contrrio, sero consideradas apenas as regras encontradas para os fonemas abertos. Para possibilitar esta anlise ser utilizado um dicionrio eletrnico de pronunciao (com 19.156 palavras), o qual possui a palavra e a sua respectiva pronncia, conforme pode-se verificar no exemplo do Anexo 1.

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No portugus brasileiro (PB) h basicamente dois tipos de nasalidade: a nasalidade dita fonolgica a marca de nasalidade obrigatria que recebe a vogal quando seguida por uma consoante nasal na mesma slaba (como em campo); a nasalidade dita fontica a marca de nasalidade que recebe a vogal de uma rima vazia seguida de uma consoante nasal no onset da slaba seguinte (como em cama). Em língua espanhola (LEsp), considera-se que o trao [+ nasal] no tem relevncia fonolgica, apenas fontica. Entretanto, mesmo que ocorra alguma nasalizao, esta praticamente imperceptvel para um falante nativo e tambm no auditivamente relevante para os falantes no-nativos em geral. Devido proximidade entre portugus e espanhol e considerando a grande quantidade de brasileiros estudantes de LEsp que nasalizam a vogal oral /a/ em LEsp quando seguida de consoante nasal, desejamos verificar se o estudante de graduao tem dificuldade em perceber esse segmento. Para isso, os sujeitos da pesquisa estudantes do Curso de Graduao em Letras-Licenciatura da UFRGS de diferentes semestres e falantes nativos de LEsp (grupo de controle) foram submetidos a dois testes de percepo um constitudo por um texto e outro por uma lista de palavras -, nos quais deveriam identificar se um som voclico era nasal [] ou oral [a]. Com esses instrumentos e baseados nos estudos de Sampson (1999), Moraes (1997) e Beddor (1993) sobre nasalidade e percepo voclica, desejamos verificar se os estudantes percebem categoricamente a distino entre vogal nasal e no-nasal e tambm se os estudantes em nveis mdio e avanado mostram uma percepo melhor do que a dos estudantes dos nveis bsicos. Falantes nativos de LEsp foram submetidos aos testes para fins de controle da confiabilidade dos mesmos e para verificarmos at que ponto a nasalizao indevida das vogais pode prejudicar a comunicao.

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Ao tratarmos da Educao para Surdos, a presente dissertao insere-se no plano de discusso que envolve duas vises diferentes: uma clnica-orgnica e outra scio cultural. Partindo destas vises, encaminhamos apontamentos da Proposta Educacional Bilnge postulando caractersticas que envolvem a alfabetizao do Surdo, quando inserido em padres prprios de sua cultura enfatizando a comunicao atravs da LIBRAS e da escrita de sua língua natural. Para tanto, buscamos embasamento em ambientes digitais concentrando nosso estudo no aprimoramento de um teclado padro, transformando-o em suporte para a escrita dos sinais. Assim sendo, o objetivo desta dissertao volta-se para a observao de como se d o processo de apropriao da escrita da língua de sinais e da língua portuguesa em atividades mediadas por ambientes digitais de aprendizagem. Mostramos que, a partir da abordagem de investigao qualitativa envolvendo trs (3) estudos de casos, sujeitos surdos construram pginas pessoais apropriando-se da escrita dos sinais utilizando o teclado especial na seleo dos smbolos, construindo sinais, frases e textos. Desenvolveram estratgias de escrita de acordo com a LIBRAS estruturando e organizando constituintes fonolgicos, morfolgicos, sintticos e semnticos em suas construes. Constatamos a produo de textos correspondentes com a estrutura de sua prpria língua e podemos ressaltar que houve aumento do vocabulrio para a língua portuguesa buscando modelos mais descritivos e explanatrios de comunicao escrita. Evidenciamos, ao final, que a pesquisa realizada proporcionou a abertura para novos campos de investigao, no que se refere a construo e transmisso da escrita dos sinais formalizando acervos culturais e abriram possibilidades de comunicao proporcionando interaes mais significativas entre todos desmistificando as diferenas.

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A presente pesquisa, filiada Anlise de Discurso de linha francesa, trata dos processos de determinao na regulamentao das questes de ensino de língua portuguesa no Brasil no perodo histrico compreendido entre a 1 e a 2 Repblicas (1889-1945). Por estar filiado referida teoria, este trabalho no busca esgotar o recorte cronolgico e nem tampouco abarcar a totalidade das enunciaes que foram feitas, nessa poca, em torno da questo selecionada para estudo. Os gestos de anlise ora desenhados recortaram as enunciaes em torno das questes de ensino e de língua, tecidas a partir de quatro formaes discursivas diferentes, desdobradas em suas contradies, atravs: a) da posio-sujeito dos operrios-anarquistas, identificada Formao Discursiva Libertria (FDL); b)da posio-sujeito das enunciaes das propostas de Reforma do Ensino na 1 Repblica, identificada Formao Discursiva Estatal (FDE); c) de enunciaes da posio sujeito situada no mago das formulaes jurdicas elaboradas no Governo Vargas, identificada Formao Discursiva Ministerial (FDM); d) e por ltimo as enunciaes constantes em gramticas, identificadas a Formao Discursiva Pedaggica (FDP). As anlises deste trabalho de investigao esto articuladas de modo que os saberes das FDs em questo so olhados de formas diferentes, no sentido de que se situando em lugares de antagonismo e de contradio, em muitos momentos faz-se possvel observar essas relaes que, no interior de uma dada FD, remetem aos saberes do discursooutro. No recorte especfico dos saberes sobre a língua privilegiamos a constituio de um imaginrio de língua derivado do imaginrio de nao, buscando investigar em que medida e de que formas eles (re) produziram posturas xenofobistas que ressoaram nos modos como foi tipificado o sujeito imigrante operrio, a partir de sua língua e de sua prtica poltica. Assim, recorremos ao interdiscurso, lugar onde os enunciados se articularam, descrevendo os diferentes modos como esses foram linearizados e, assim, produziram sentidos, no embate tenso entre os jogos de aliana e refutao. Para proceder fundamentao terica que deu suporte s anlises, tecemos dilogos com outras regies do conhecimento, desde o campo da filosofia, nas discusses envolvendo as questes de designao e determinao, passando pelo olhar das gramticas (cartesiana, filosfica, histrica e normativa) sobre a língua, para ento chegarmos ordem do discurso, lugar onde conceitos foram ressignificados, para podermos tratar da língua, enquanto objeto nunca imune s condies de produo dos discursos por ela materializados.

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Os aprendizes de portugus como segunda língua ou língua estrangeira mostram dificuldades no processo de aquisio por vrios motivos. Para coreanos, o sistema de artigos, entre outros fatores gramaticais, um dos fatores que causam dificuldade porque no h artigos na língua coreana. O presente estudo tem como objetivos principais investigar o processo de aquisio do artigo definido em portugus como segunda língua por aprendizes coreanos e comparar a realizao do artigo definido por brasileiros e por coreanos no caso de uso opcional. Para isso, discutimos o uso do artigo definido, observamos estudos anteriores sobre a aquisio de artigos e buscamos apoio terico nos conceitos de transferncia, interlíngua e variao. Os dados foram gerados longitudinalmente atravs de entrevistas com 6 falantes de coreano aprendendo portugus como segunda língua em Porto Alegre. Categorizamos as funes do artigo definido em: uso em primeira meno, uso em segunda meno e uso genrico. Em seguida, analisamos as caractersticas e as inadequaes do processo de aquisio e comparamos o uso diante de possessivos e de antropnimos com dados de 2 brasileiros. Os resultados mostram um domnio do artigo zero () por aprendizes coreanos, o que pode estar refletindo uma transferncia do sistema da língua materna ou a esquiva devido diferena entre o coreano e o portugus e complexidade do prprio sistema. Os resultados tambm sugerem que os participantes ainda estavam na fase inicial de desenvolvimento do sistema de artigos, sendo que o uso mais produtivo do artigo definido ocorreu na contrao com preposies. So discutidas algumas implicaes do estudo para o ensino de portugus como segunda língua, especificamente, para alunos coreanos.

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Nas ltimas dcadas, pesquisadores de vrias reas tm se preocupado com os efeitos do trabalho na sade do trabalhador. Considerada o estgio mais avanado do estresse no trabalho, a Sndrome do Esgotamento Profissional (SEP) afeta inmeras profisses, principalmente aquelas em que os profissionais possuem contato direto com pessoas, entre elas, os professores. O objetivo do trabalho compreender o processo de abandono da carreira docente dos professores de Educao Fsica da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RMEPoA). A reviso bibliogrfica, composta de textos em língua portuguesa, inglesa e espanhola sobre o tema, possibilitou unificar a expresso do fenmeno como Sndrome do Esgotamento Profissional (SEP), e o problema central da pesquisa centra-se na seguinte questo norteadora: Como os professores de Educao Fsica da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RMEPoA) abandonam o trabalho docente, e que elementos so mais significativos nesse processo? O estudo uma pesquisa descritiva, de carter qualitativo, que envolve quinze professores de Educao Fsica da Rede Municipal de Porto Alegre (RMEPoA) que, entre o perodo de janeiro de 2000 a julho de 2002 entraram em licena mdica (biometria) por motivos de estresse, ansiedade e depresso. Realizei a entrevista semiestruturada, fiz registros em um dirio de campo e analisei documentos. Como procedimento analtico procedi a Anlise de Contedo. Ficou evidente ao terminar o estudo, que as limitaes da formao acadmica so fonte geradora de sintomas como o estresse e a exausto emocional, vinculadas realidade encontrada nas escolas municipais, e no como imaginava o pesquisador, em um perodo anterior a esse, ou seja, a partir da etapa envolvendo a escolha profissional. O trabalho docente revelou-se como uma prtica profissional marcada por sentimentos negativos que comprometem a qualidade do trabalho acumulando com o passar do tempo, reaes fsicas, psquicas, comportamentais e defensivas. A partir dos resultados desse estudo, considero que, para alguns professores houve indcios de esgotamento profissional devido s presses e tenses especficas do contexto laboral. Para a maioria dos professores-colaboradores da pesquisa, essas vivncias subjetivas de desgaste fsico e emocional experimentadas e acumuladas durante sua trajetria profissional, traduziram-se em sentimentos depressivos e de fadiga crnica, compondo um estado anmico, que aqui se denomina de Sndrome do Esgotamento Profissional.

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A pesquisa teve por objetivo apresentar atividades didticas envolvendo a Língua Brasileira de Sinais com o intuito de estabelecer uma relao de mtuo reforo entre o ensino de Geografia e a utilizao da leitura e escrita da língua portuguesa a partir da incluso de alunos surdos em uma escola de Ensino de Jovens e Adultos. Na primeira parte da dissertao foi analisado o histrico das propostas pedaggicas para educao de surdos e os conflitos gerados pela disputa de saber e poder. A segunda parte, apresenta a abordagem do espao na perspectiva geogrfica e pedaggica em busca de elementos que propiciem partir da potencialidade visual dos surdos e a espacialidade da língua de sinais como instrumentos do processo de ensino-aprendizagem. A terceira parte, resgata a reflexo sobre a educao de surdos e anlise das atividades didticas desenvolvidas.

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O desenvolvimento desse trabalho trata da construo discursiva do imigrante hispano-americano no Brasil, principalmente na regio sul do pas. O marco terico que orienta esse estudo inclui-se na Anlise da Discurso de linha francesa. Destacam-se aspectos importantes do trajeto discursivo que os imigrantes hispano-americanos produziram a partir da dcada de 60 e que se estende at a dcada de 90. Grande parte desse perodo coincide com o aparecimento das ditaduras militares em Amrica Latina, demarcando, assim, um espao histrico-discursivo especfico. Da mesma forma, ressaltam-se implicaes desse percurso imigrante quando discutimos a insero na língua portuguesa, o que exige uma negociao com a língua materna espanhol. Podemos identificar esse movimento quando encontramos resistncias expostas no mbito enunciativo. Quando assinalamos esses dois pontos: insero histrico-discursiva e insero na língua portuguesa, nos apoiamos em dois conceitos desenvolvidos por Pcheux em sua teoria discursiva, sendo eles: real da histria e real da língua, os quais comportam aspectos de um indecifrvel que tanto na histria como na língua produzem fendas, que traduzidas enquanto falhas permitem oxigenao e deslocamento de significaes. Finalmente e, conforme o quadro aqui exposto, cabe dizer que o fio que orienta nossa pesquisa procura elucidao sobre o processo que o imigrante hispano-americano realiza nesse acontecimento migratrio e nele identificar os elementos num discurso que o represente.

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A presente pesquisa investiga o acento secundrio (AS) no portugus brasileiro (PB), especialmente na variedade falada na cidade de Porto Alegre, com base na anlise fonolgica de Collischonn (1994) e na anlise acstica/perceptual de Moraes (2003 a). Adotamos a metodologia de anlise de Moraes (2003 a), que consiste na gravao de frases lidas por locutores e posterior audio por falantes do portugus. Tendo por base o julgamento destes falantes, procuramos determinar a localizao do acento secundrio e verificar se ele se manifesta mais de uma vez num mesmo vocbulo. Nossos resultados apontam que, em geral, um acento secundrio percebido de forma consistente na 1a slaba pretnica e que h manifestao de um acento secundrio na 2a slaba pretnica apenas em um nmero muito reduzido de palavras. Percebemos tambm indicativos para a incidncia de mais de uma proeminncia secundria por vocbulo.

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O presente trabalho objetiva disponibilizar informaes claras e ordenadas aos leitores em língua portuguesa acerca do vasto campo que o monitoramento de espcies gasosas txicas ou perigosas em distintos ambientes. Tambm esclarece alguns termos tcnicos comumente usados nesta rea e tece comentrios sobre a legislao e as normas brasileiras relativas ao assunto monitoramento de gases txicos ou perigosos, sempre buscando um paralelo com publicaes tcnicas de organizaes internacionais de amplo conhecimento dos profissionais da rea. Segue com uma elucidao dos princpios de funcionamento dos sensores de gases, componentes bsicos das tecnologias mais extensivamente usadas, bem como as vantagens e desvantagens dos equipamentos deles decorrentes com vistas a permitir uma escolha acertada de tecnologias e equipamentos para uma resposta otimizada e eficiente envolvendo monitoramento de gases em situaes rotineiras e especiais. Objetiva tambm prover uma exemplificao prtica envolvendo o uso de equipamento de sensoriamento. Para tanto, finaliza com um exemplo de monitoramento de emisses poluentes, avalia comparativamente a performance de queima e tira concluses acerca das emisses poluentes decorrentes da queima de gs liquefeito de petrleo (GLP) e gs natural (GN) comerciais em um forno.

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Este estudo insere-se no mbito da pesquisa sociolingstica. Seu objetivo principal comparar a viso de língua de professores de escolas confrontadas com situaes de multilingismo e seu comportamento em relao língua minoritria falada pelos alunos, bem como ao bilingismo como conseqncia natural do contato lingstico e ao prprio processo de aprendizagem da língua-padro, o portugus. Partese do pressuposto bsico de que comunidades plurilnges, especialmente aquelas onde se falam variedades estigmatizadas, so marcadas por tenses e valoraes sociais diversas. Subjaz anlise desse contexto a tese de que a compreenso das concepes lingsticas do professor contribui para explicar a dinmica de diversos mitos acerca da língua minoritria e do bilingismo observvel na comunidade. Dominado pela fora desses mitos, o professor impelido a atitudes distintas, que vo desde a valorizao exacerbada at a estigmatizao extrema de certas variedades, originando o preconceito lingstico. Para o estudo desses aspectos, seguiu-se uma metodologia de anlise qualitativa interpretativa dos dados. A coleta de dados envolveu observao de aulas, anotaes em dirio de campo, entrevistas gravadas com professores e alunos, alm de filmagens de aulas. Foram sujeitos da pesquisa professores de duas escolas: escola A, localizada em Daltro Filho, e escola B, de Estrela. Os dois contextos distinguem-se pelo grau de bilingismo - maior em Daltro Filho - e de urbanizao - maior em Estrela. Enquanto na escola A os professores, todos bilnges, esto em contato direto com a situao multilnge (alemo-italiano-portugus), na escola B os professores entram em contato com o bilingismo (alemo-portugus) apenas atravs de alunos provenientes do meio rural. Os resultados mostram que, entre as concepes lingsticas vigentes, destaca-se a concepo de que a língua se define por um conjunto de regras consubstanciadas nas gramticas normativas, as quais prescrevem as normas do falar e escrever corretamente, sendo todas as formas desviantes desse padro consideradas como "erro". O domnio dessa língua-padro almejado tanto por professores quanto por alunos e considerado um capital lingstico imprescindvel para a ascenso social e insero no mercado de trabalho. Evidencia-se, ainda, nas realidades pesquisadas, a existncia de diversos mitos, tanto ligados língua portuguesa quanto língua minoritria. Embora em muitos momentos os informantes considerem o bilingismo como um capital lingstico altamente desejvel, em outros momentos o encaram como um obstculo aprendizagem do portugus. Alm disso, percebe-se que a escola est impregnada pelas leis do mercado lingstico, no atentando ao mercado de trabalho, ao optar pelo ensino do ingls como primeira opo de língua estrangeira a ser trabalhada na escola. Descrevendo como essa realidade de contato entre línguas minoritrias e o portugus tratada em sala de aula, ou seja, como se configura atualmente essa realidade multilnge em nosso meio, este estudo pode servir para alertar no s professores da necessidade de redirecionar suas atitudes, valorizando tanto a língua minoritria de seus alunos quanto a variedade do portugus, como tambm as autoridades responsveis pela Educao sobre a necessidade de instituir uma poltica lingstica que assegure a essas minorias bilnges currculos, mtodos, tcnicas e um programa de educao bilnge adequado para atender s suas peculiaridades.

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Nesta dissertao, faz-se um estudo do gnero artigo cientfico, em especial de expresses tpicas de seu desenvolvimento e organizao. Essas expresses foram denominadas marcadores textuais, e os objetivos deste trabalho foram identific-las e verificar seus padres de uso em textos em portugus e ingls, em um estudo permeado pelos interesses e pelas perspectivas da traduo e apoiado pelos pressupostos da Retrica Contrastiva. Para esse fim, foram utilizados dois corpora: um em portugus, composto de 333 artigos, e outro em ingls, composto de 111 artigos. Os mesmos foram analisados utilizandose a ferramenta WordSmith Tools, empregada pelos estudos em Lingstica de Corpus. Os marcadores selecionados a partir dos corpora foram classificados com base nas metafunes da linguagem propostas por Halliday. Aps essa classificao, comparamos as ocorrncias das unidades em ingls e portugus, observando padres de uso, freqncia e colocao.

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Este estudo investiga se a alternncia de cdigo empregada como estratgia culturalmente sensvel em uma primeira srie, primeira etapa em um contexto multilnge, na localidade de Boa Vista do Herval, interior de Santa Maria do Herval, RS. Para tal, foram feitos registros em vdeo e em udio das atividades de sala de aula, regularmente, uma vez por semana, durante um semestre. As aulas so compostas por trs grandes momentos, as atividades da hora da rodinha inicial, o trabalhinho nas mesas e a hora da rodinha final. Estas, por sua vez, podem ser divididas em eventos, constitudos pelos enquadres (Goffman, 2002), que podem ser considerados uma moldura em torno do alinhamento e das estruturas de participao (Philips, 2002; Gumperz, 1982). Dentro dessa anlise da interao, encontrou-se a ocorrncia da alternncia de cdigo com a funo primordial de manter o curso da interao (Auer, 1988) e, atravs disso, ser uma estratgia da pedagogia culturalmente sensvel (Bortoni-Ricardo e Dettoni, 2001), proporcionando voz, vez e acolhimento a crianas provindas de uma realidade lingstica em que predomina o uso do alemo, em contraste com a exigncia escolar de uso do portugus.